Grito de Guerra da Mãe Tigre de Amy Chua

No dia dos meus anos estava a ver os livros em promoção no Hipermercado e houve um que me chamou atenção. Trouxe-o e simplesmente o devorei.
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Se pesquisarem na net sobre este livro basicamente vão encontrar uma montanha de criticas.
O livro é o retrato da educação chinesa comparando, em determinados momentos, com a educação ocidental, mais precisamente a americana.

Enquanto li o livro nunca julguei o método de educação da mãe, apenas me comparava a ela de forma a verificar as nossas diferenças.
O método de educação Chinês ou Mãe-Tigre é extremamente exigente, rigoroso, autoritário e aos nossos olhos (ocidentais) excessivamente cruel.

A maior parte das criticas que encontro não retiraram a verdadeira essência do livro, mostrando somente a parte cruel e rígida da educação.

A Amy foi educada segundo o método de educação chinês e com ela funcionou às mil maravilhas. Quis aplicar o mesmo método com as suas filhas. Na filha mais velha (Sophia) funcionou apesar de momentos difíceis, na mais nova (Lulu) não correu tão bem.
Amy acreditava, e segundo o que dizem os estudos, que os filhos mais novos são mais rebeldes e revoltam-se com mais facilidade que os mais velhos. Nesse aspecto concordo plenamente com ela, o Kiko é muito mais rebelde que o Didi e não aceita as ordens da mesma forma. 
A mãe da autora sempre avisou a filha que teria de alterar o seu método de educação com Lulu se não queria perder a filha e deu como exemplo o pai que fugiu da educação que tivera.
Apesar de ter insistido acabou por dar o braço a torcer e moldar a educação à personalidade de Lulu.


Tendo em conta a minha personalidade nunca conseguiria impor as regras da Amy aos meus filhos mas fez-me perceber que a educação ocidental é o oposto da chinesa, sendo condescendente.

Para Amy os pais ocidentais

  • Cobram pouco aos filhos com receio de abalar a sua auto estima e por outro lado para evitar uma possível deceção. Acredita que devemos insistir mesmo que o filho tenha fracassado na primeira tentativa.
  • Não se dedicam a 100% às atividades dos filhos e principalmente ao seu desempenho em cada uma delas.
  • São muito inseguros em relação à educação que dão aos filhos, não sendo convictos e mostrando fragilidades e os filhos aproveitam logo esse aspeto em beneficio próprio.
  • São muito tolerantes no que respeita ao ensino não exigindo deles o verdadeiro esforço das tarefas.
  • Não cobram aos filhos o reconhecimento pela dedicação e sacrifícios efetuados.

Esta perspectiva de educação mostrou-me que em determinados aspetos não sou nada exigente com os meus filhos. Apercebi-me que a desculpa "Só quero que os meus filhos sejam felizes" não pode ser aplicada a tudo e mais alguma coisa e exigir mais deles só irá os ajudar a preparar o futuro. 

A verdade é que ambas as culturas têm a sua parte boa e a sua parte má, agora é aproveitar o melhor dos dois mundos.

Após as criticas severas Amy Chua escreveu a explicar o que realmente a levou a escrever o livro Aqui

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