Blog dos Petizes

Pensei eu, que o meu filho nunca me iria fazer uma birra de me deixar com tanta vergonha que só me iria apetecer enfiar num buraco e nunca mais sair de lá. Pensei eu, que ele tinha uma personalidade vincada mas tranquila sem grandes stresses...Como eu me enganei redondamente.
Tenho notado nos últimos meses alguma alteração de comportamento, algumas pessoas dizem-me que foi pela chegada do irmão o que eu não concordo muito pois o Kiko é super calminho, só nos apercebemos da presença dele quando se lembra de comer, senão passa o tempo todo a dormir o que não interfere em nada na atenção do Bidote.

Penso eu ser mais uma fase da vida dele, mas gerir esta fase não está a ser nada fácil, ora não se bate no menino, ora é coitadinho do menino...o que complica um pouco na educação dele visto ter sempre as "costas protegidas".

No último fim de semana foi o caldo entornado, o Bidote no sabádo adormeceu às 17h da tarde e foi impossível acordá-lo até às 3horas da manhã, quando lhe deu a fome. Depois de uma semana de loucura total, nada como recuperar as forças...
Ora o Sr. Bidote não contente por a mãe estar a preparar a papa pois queria ser ele a fazer (não esquecer que são 3horas da manhã) manda-me o leite pelo ar sujando a cozinha toda, quase que me parava o cérebro, sorte a dele ter a mamie intervido. Comeu a papa e depois não tinha sono, só adormecendo às 6h00 da manhã.

No domingo de manhã, levo o Bidote para dar uma voltinha no comboio...Seguimos a pé em frente à praia e lá vamos nós de comboio todos contentes. Até aqui tudo bem, o Bidote estava adorar.

Estava na hora de irmos almoçar, quando o Bidote me olha com cara de desafiador a dizer que não andava. Perguntei se estava cansado, pois podia ir no carrinho...resposta: NÃO! Disse-lhe que tinhamos de avançar pois tinhamos que ir comer que já era tarde se quisesse ia a pé senão podia ir no carrinho...Ora não queria uma coisa nem outra, a vontade dele era ver até onde eu ia, sempre a olhar para mim com aquele ar de "Eu é que mando!"
Ainda avancei para ver se ele vinha atrás de mim, mas nada parecia uma estátua parada no meio do passeio. Vim para trás dizendo-lhe que se não anda-se eu o colocaria no carrinho, dito e feito, lá o coloquei no carrinho...Bem, maldita hora que o fiz, foi até casa aos berros, parecia que o diabo tinha entrado no corpo dele, até espumar o rapaz fazia. Estava toda a gente a olhar para mim, eu já estava nervosa e ainda tinha que ouvir comentários do género: "Coitado do menino..." - COITADO? Coitada é de mim que não merecia aquilo! Levei o rapaz a dar uma volta de comboio e depois levo com aquela cena descomunal. O Bidote como tem imensa força, ainda tive que pedir ajuda para o controlar que sozinha não o conseguia fazer...A minha vontade era dar-lhe duas palmadas bem dadas mas como os velhotes já estavam todos a comentar não podia fazer ainda mais espectáculo.

UM DESABAFO: Os velhotes parece que se esquecem que na época deles batiam nos filhos de cinto e régua, agora andam numa de não se bater nos miúdos que não leva a nada, ou quando se bate não é a frente das pessoas porque envergonha o menino...e nós mães? ficamos com a vergonha toda...daqui a pouco são eles que batem em nós. - eu levei muitas e foram bem merecidas e não prejudicaram em nada no meu desenvolvimento.

Continuando, quando cheguei a casa a única solução que arranjei foi pegar nele e fechá-lo no quarto até por os nervos todos cá para fora...Quando se acalmou fui falar com ele e explicar-lhe que uma próxima vez que faça aquilo volto a fechá-lo no quarto. Quando o pai chegou o Bidote teve a contar o que se tinha passado, mostrando a plena noção do acto dele...é por isso que à custa do COITADO DO MENINO, ele vai ganhando cada vez mais poder, mas depois desta acabou, faz o que o pai e a mãe mandam e pouco piou.

Após esta fez mais algumas mas softs, pois o "fechar no quarto" parece ter resultado.

Começando a escolinha, as rotinas voltarão e provavelmente as birras irão acalmar-se, mas estará lá sempre a crise dos 2 anos, que quando lemos o artigo parece tudo tão fácil, ;)

A TERRÍVEL CRISE DOS 2 ANOS